segunda-feira, 26 de maio de 2008

Jogos por que passamos: Bonanza Bros

Que tal, em vez de assumir o papel do "bem", estar do lado do crime, roubando e fugindo de guardas e seguranças? Idéia batida, lógico. Hoje, proposta mais banalizada que essa é rara. Transgredir a ordem já não tem mais nada de inovador.

Porém, na onda (ou contraonda? Aliás, gostei desse neologismo) da divulgação e dos incansáveis previews, reviews e treviews da nova edição do GTA, volto ao passado e rememoro um jogo clássico nesse sentido, talvez o primeiro em que o "roubo" era a missão a ser cumprida: Bonanza Bros. É certo que, se no original, os irmãos Robo e Mobo eram, de fato, ladrões, outras versões deram uma maquiada e colocaram-nos como "agentes testando sistemas de segurança". Mas a proposta de contravenção é mais clara no desenvolvimento da partida do que essa segunda história tenta passar. Alguns exemplos: o fim do jogo - a tela de "game over" - está associada com os irmãos na prisão. Além disso, toda vez que um dos irmãos consegue furtar um objeto, ele dá uma inconfundível risadinha, mostrando sua satisfação em conseguir executar a ação (aliás, se houvesse um concurso de melhores risadas de personagens de videogame, eu não hesitaria em votar na dos Bonanza como a melhor, seguida, em segundo lugar, da do cientista louco do Tom Jam and Earl).

Bem. O jogo, produzindo ainda em 1990, mostra uma inteligência e capacidade criativa incrível de seus produtores, evidenciadas por possibilidades ações muito além das convencionais para jogos desenvolvidos nessa época. Se hoje, falar em "stealth mode" é o padrão em muitos jogos, naquela época, da explosão dos beat'em-ups, o negócio era não fugir da briga, porradear todo mundo que viesse pela frente mesmo. Em Bonanza Bros, diferentemente, o objetivo era conseguir os itens requisitados. Caso se conseguisse fazer isso sem chamar a atenção, melhor ainda, pois menor era o risco de perder uma vida. A pontuação do jogo focava a rapidez com que se cumpria a fase, não o tanto de gente que se "matava". Até porque, em Bonanza Bros, não se mata ninguém, apenas deixam-se os adversários temporariamente desacordados.

Interessante que, para pode agir com essa discrição que se demandava do jogador, o jogo foi um dos primeiros (lembro-me de Blackthorne, para PC, usar semelhante recurso) que fez uso do recurso de se esgueirar nas paredes, ou seja, de se esconder, no próprio ambiente de jogo, ao "colar" na parede (ver imagem). Melhor ainda era na fase em que, ao fazer isso, o Robo (ou Mobo) disfarçava-se com a cabeça de robôs que estavam também posicionados rente à parede.



Aliás, o jogo era repleto desse tipo de recurso que dá um ar de flexibilidade e não previsibilidade: era possível esmagar os guardas com máquinas e alavancas, havia como descer de um prédio para outro através da fiação, entre outros. Em suma, Bonanza Bros era um jogo que impressionava tanto pelos recursos como pela possibilidade de ação (e que ainda impressionaria quem o jogasse pela primeira vez)

2 comentários:

BRILF disse...

Toe Jam & Earl ;~~~~~~

Desenterrou Aique, fez um marmanjo sorrir hj :)

BOOGIE-BOOGIE-BOOGIE

heheheheh

Kakks is a Duffus ;)

Henrique Magnani disse...

hahahaha


em breve farei um "jogos por que passamos" do toe jam & earl... :D