quarta-feira, 12 de março de 2008

Jogos por que passamos: X-Com Apocalypse

Como consta no subtítulo desse blog, além de discutir questões de criticidade e ideologia, esse espaço pode ser interessante para analisar o jogo dentro do âmbito cultural de uma maneira mais ampla.



Nesse sentido, inauguro uma série de posts - que certamente serão os menos "sisudos" desse blog" - denominada "Jogos por que passamos". Nada mais será do que uma seção nostálgica, de jogos que marcaram época (na minha opinião).

Começo com o "X-Com: Apocalypse". Não foi o jogo mais comentado, nem o mais elogiado da série, mas foi o que mais me cativou. Talvez eu estivesse ainda empolgado com os jogos da Maxis e a cidade isometricamente representada me parecesse mais interessante que a representação do planeta em "UFO: Enemy Unknown".

De qualquer forma, era um jogo muito bem feito e com gráficos razoavelmente elaborados para a época. A grande sacada da série foi a divisão entre "jogo estratégico" e "jogo tático". No primeiro, tentava-se manter a ordem na cidade, procurava-se desenvolver pesquisas, aperfeiçoar os membros da X-COM, além de estabelecer relações diplomáticas entre outras organizações e facções da cidade. Um jogo de gerenciamento que não devia nada a jogos da Maxis ou Tycoon. Porém, não é só de gerenciamento que vive uma equipe de aguerridos combatentes de aliens: eis que surge, pois, o jogo tático! Este, com uma lógica semelhante a jogos como Jagged Aliance ou RPGs por turno de visão isométrica em geral era igualmente emocionante.

Como eram odiosos aqueles ETs que pareciam uns balões amarelo-mostarda que surgiam do nada e "sugavam o cérebro" do soldado, fazendo-o voltar se contra a equipe! Ou, pior: depois de se juntar três ou quatro soldados para abater aquela "minhocona" verde gigante, eis que dentro dela estão mais quatro minhoquinhas marrons. As malditas se movimentavam rápido e iam todas num mesmo soldado, matando-o facilmente caso você não as liqüidasse.


O equilíbrio entre o jogo tático e o estratégico era o fundamental e foi o que me prendeu por tanto tempo no jogo. Negligenciando a parte estratégia, seus combatentes, suas armas e seus acessórios ficavam defasados, tornando a luta no campo tático muito mais difícil. O plano tático, embora fosse um pouco repetitivo, sempre trazia a inovação nos acessórios recém-descobertos, no uso das informações obtidas nas pesquisas ou até nos novos aliens que, pouco a pouco surgiam. Nada mais espantoso que, finalmente, ir à outra dimensão e lutar contra o aliens na casa deles!

Bem, espero que alguém também tenha se apaixonado por esse jogo e que este breve "ensaio" tenha ajudado a rememorar e a saborear os bons desafios do X-Com: Apocalypse.

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